Êxodo 34.10-12: "Então disse: Eis que eu faço uma aliança; farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem em nação alguma; de maneira que todo este povo, em cujo meio tu estás, veja a obra do SENHOR; porque coisa terrível é o que faço contigo. Guarda o que eu te ordeno hoje; eis que eu lançarei fora diante de ti os amorreus, e os cananeus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus e os jebuseus. Guarda-te de fazeres aliança com os moradores da terra aonde hás de entrar; para que não seja por laço no meio de ti." (ACF)
Tudo o que Deus faz é bom. Todo o Seu conselho são vida e paz; mas, muitas vezes, o povo Israelita simplesmente ignorou tais conselhos, escolhendo os próprios caminhos e fazendo aliança com quem não era para fazer. Uma dessas alianças fez Acã, que, na guerra contra a cidade de Ai, fez o que era mau aos olhos do Senhor, pois quando viu, cobiçou e tomou para si (uma capa babilônica, prata e ouro), e escondeu no meio de sua tenda (Josué 7.21), em seu coração a aliança houvera sido feita com aquilo que pertencia ao "sistema mundano".
Veja que, primeiro, Acã viu, depois a cobiça entrou, e logo a seguir, tomou. (Ver) no escritos originais significa (aprender a respeito, considerar, verificar, observar, tomar conta, etc). Este foi o princípio da queda de Acã: [aprender a respeito, considerar, verificar, observar e tomar conta] mais das coisas do mundo do que das coisas de Deus. Tiago 1.14-15 confirma essa palavra: "Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ser consumado, gera a morte." (NVI)
Acã fazia parte do povo hebreu, presenciou o poder de Deus, sabia quem Ele era, participava dos eventos e festas que o povo realizara, todos ordenados por Deus, mas seu coração não estava em nada disso, porque na primeira oportunidade de conseguir algum lucro pessoal com aquilo que é do mundo, não exitou, mas, pôs em prática, o que na verdade, há muito tempo nascera em seu coração: o distanciamento do Senhor.
Ai significa "Monte de ruínas"; e foi assim que Acã e sua família terminaram: debaixo de ruínas; apedrejados e queimados - no Vale de Acor, que no hebraico quer dizer: "Inquietação, distúrbio". Entenda isto: O dia que perdermos de vista nossa comunhão com Deus, acharemos o prazer pelas coisas do mundo; e, quando este dia chegar, se assim o permitirmos, traremos destruição, ruínas e Inquietação tanto para nós quanto para nossos familiares. (1 João 2.15-16)
Em outras palavras, o que Deus estava transmitindo a Moisés e a todo o povo era: 'Não façam aliança com quem não tem a mesma visão que Eu tenho.' Visão fala a respeito de propósito, e propósito aponta para o futuro, para aquilo que Deus já preparou para nós. E é por isso que Deus tem sempre razão nos conselhos que nos dirige com relação a certas amizades, pois dependendo do tipo de aliança que fazemos, avançamos no propósito rumo ao lugar que Deus tem preparado para nós, ou ficamos parados no mesmo lugar. (2 Coríntios 6.14-15)
A pergunta que não quer calar é por quê Acã cobiçou e tomou aquilo que não poderia ter? Por quê ele pôs em risco sua própria vida e família sem pensar nas consequências? Acã comeu codornizes e se fartou de pão dos céus (Salmos 105.40); recebeu junto com o povo as Leis do Senhor (Êxodo 20.1-17); bebeu água da rocha (Números 20.11); viu prodígios, milagres e maravilhas que Deus realizara, e tantas outras coisas grandiosas contemplou. Mas perceba que não adianta estarmos diante da presença de Deus provando do que os céus tem a nos oferecer, se a nossa mentalidade está aprisionada, pensando em como desfrutar das coisas mundanas.
Havia um caminho para Israel percorrer até a chegada em Canaã - a terra prometida. A viagem era para durar, segundo especialistas, não muitos dias; mas por quê durou 40 anos? Porque enquanto Israel não aprendeu a pensar da forma que Deus pensava - pois ainda tinham a mentalidade do Egito, pensando nos pães, carnes e cebolas que deixaram para trás (Números 11.4-6) - ficaram assim, sempre passando perto do milagre, mas nunca, de fato, provando seu real sabor. Então está mais do que provado que não entraremos na "terra prometida" que Deus tem reservado a nós, se a nossa mentalidade ainda for pão, carne e cebola que deixamos para trás.
Veja o que diz o Apóstolo Paulo aos Hebreus: "Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal." (Hebreus 5.12-14 ACF) A Igreja precisa crescer em maturidade. É isto que este texto nos transmite. É preciso não se apegar às coisas deste mundo, tendo uma consciência de que a aliança que Deus fez conosco por meio do sacrifício perfeito de Cristo (Hebreus 7.27; 9.26; 10.12), é mais valiosa do que quaisquer riquezas que possamos ter na terra.
Bom, como citei anteriormente, o que deixava Deus irado era quando Israel dizia: "Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos." (Números 11.5-6) Deus os queria ensinar para que pudessem, enfim, desfrutar da promessa; porém, tal fato nunca aconteceu, pois toda esta geração que saiu do Egito - os que pecaram contra Deus - pereceram no deserto. (Números 32.13) Eles serviam a Deus, recebiam da provisão do Senhor, mas, ainda assim, seus corações continuavam aliançados com o Egito.
Este é o perigo da incredulidade. Sim, a incredulidade mata a nossa fé e rompe nossa aliança com Deus. Antigamente Deus falava e advertia Seu povo por meio de Moisés e dos profetas. Agora, na Nova Aliança, a que vivemos hoje, ou a dispensação da graça, é o Seu Espírito Santo que fala diretamente conosco.
Veja o que diz Hebreus 3.7-9: "Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração como foi na provocação, no dia da tentação no deserto, onde os vossos pais me tentaram, pondo-me à prova, e viram as minhas obras por quarenta anos." (ARA)
Não podemos largar o Senhor. Não podemos romper a aliança que Ele fez conosco. Não há vida longe de Cristo. Todos que se afastam dEle levam uma vida sem alegria e sem contentamento. O Espírito Santo diz neste dia para nós: "Hoje, se ouvirdes a Minha voz, não endureçam o coração."
Ore comigo: 'Senhor Jesus, todos os dias Teu Espírito Santo fala comigo. Ensina-me a estar atento a sua voz e a obedecê-LO. A aliança que fizeste comigo por meio do Teu sacrifício eu não rejeito; por isso, recebo-O em minha vida como meu Salvador e Senhor. Oro em Teu nome Jesus. Amém'.
Graça e paz!